O setor mineral brasileiro está promovendo uma discussão internacional sobre clima e bioeconomia. Durante o Fórum Econômico Mundial (FEM), realizado em Davos, na Suíça, na última semana, o governador do Pará e presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal (CAL), Helder Barbalho, apresentou o Plano de Bioeconomia. Ele foi criado para garantir a preservação ambiental no segundo maior estado amazônico do Brasil, o que permitiu reduzir o desmatamento em 21% entre 2021 e 2022 e promover um modelo econômico sustentável.
Durante o debate em Davos, o governador ressaltou que a bioeconomia é uma importante alternativa para preservar a Amazônia, de modo a promover o desenvolvimento socioeconômico da região e, consequentemente, a contribuição para o equilíbrio climático mundial. “É importante construirmos a partir da bioeconomia um novo conceito econômico, com a floresta viva e investimentos em ciência, tecnologia e inovação somados aos saberes da floresta, atraindo oportunidades”, pontuou.
Helder Barbalho ainda explicou que o Pará avançou na construção de legislações próprias, transformando-as em políticas públicas de Estado e oferecendo mais segurança jurídica nas ações para preservar o meio ambiente, além de fortalecimento da bioeconomia e floresta em pé como vetores sustentáveis de desenvolvimento. “São leis, como a Estadual de Mudanças Climáticas, a Política Estadual para o Clima e a lei que contribuiu para o Programa Amazônia Agora”, exemplificou.
A ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou, durante o evento, que a estratégia brasileira para a preservação da Amazônia tem dois aspectos: um, que visa proteger 57 milhões de hectares ainda protegidos, e o outro, que visa promover o desenvolvimento sustentável para garantir a subsistência dos 30 milhões de brasileiros que vivem na região.
“O Brasil voltou à cena mundial determinado a recuperar seu papel de impulsionador de iniciativas para combater as mudanças climáticas e preservar a biodiversidade, e para unir forças na definição de um novo modelo de desenvolvimento mais sustentável”, argumentou Marina Silva.
A mineração está entre as principais atividades econômicas do Para? e o estado, ao lado de Minas Gerais, lidera a mineração no Brasil. Em 2023, o estado paraense será palco de importantes discussões sobre bioeconomia e como a mineração pode ser uma aliada nesse desenvolvimento sustentável. Belém será a sede da EXPOSIBRAM 2023 (29 a 31 de agosto) e da Conferência Internacional Amazônia & Bioeconomia (30 e 31 de agosto), eventos a serem realizados pelo IBRAM – Mineração do Brasil em agosto de 2023.
Helder Barbalho aproveitou sua participação em Davos para reforçar a candidatura para Belém sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025, e discutir as mudanças climáticas no bioma amazônico.
Conferência Internacional Amazônia & Bioeconomia
O evento acontecerá nos dias 30 e 31 de agosto, durante a EXPOSIBRAM 2023, em Belém (PA). É uma oportunidade de apresentar como a mineração empresarial tem elevado o potencial para contribuir para a conservação da biodiversidade da Amazônia, por meio de uma gestão responsável e desenvolvimento social nos territórios mineradores.
Especialistas e players globais debaterão sobre o tema visando contribuir para a construção de políticas públicas que promovam o estímulo e viabilização da bioeconomia como alternativa econômica viável na Amazônia.
As inscrições serão abertas em breve no site: https://ibram.org.br/evento/conferencia-internacional-amazonia-bioeconomia/
Fórum Econômico Mundial
O Fórum Econômico Mundial (FEM) ou World Economic Forum (WEF) aconteceu entre os dias 16 e 20 de janeiro de 2023, em Davos, na Suíça. O evento teve como tema esse ano a “Cooperação em mundo fragmentado”. Durante uma semana, empresários, líderes políticos e representantes culturais mundiais se reúnem em busca de mudanças positivas para a nossa sociedade, além de debater temas como mudanças climáticas, inclusão e diversidade.
Fonte: Agência Pará, EFE